Mais um sábado passou. E o que aconteceu de diferente? Praticamente nada. Mas internamente tudo.
Hora de entender.
Amanheci o dia esperando um técnico em informática vir consertar meu computador que decidiu fazer greve e não ligar mais. O coitado do PC é velho, mas ainda dá pro gasto. E gasto, por outro lado, é o que eu não quero ter. Logo, após várias pesquisas, vi que seria mais barato consertar mesmo ao invés de comprar outro.
Mas... O técnico não veio. Seria um sinal? Será que o velhinho tá querendo se aposentar e dar espaço pra um mais jovem?
De volta aos sites de informática.
E, não sei se você sabe, mas os computadores estão bem caros. Digo, os com boas configurações(lógico que eu não entendo nada de placa de vídeo, mas me mandaram procurar um com placa DEDICADA, então eu procurei, afinal, ela é DEDICADA, deve prestar:) .
Pesquisa, pesquisa, pesquisa... Nossa, 2600, 3000, 11000 reais! Santa mãe dos Macs!
Desisti e fui ver Friends.
3 episódios depois, eu lembro que há exatamente um ano fiz um pequeno pacto comigo mesma: iria deixar de consumir coisas e viver mais experiências. Tem dado certo, nem compro mais tanta roupa.
Mas, e quanto consertar algo ou comprar algo DEDICADAmente mais caro? O que eu deveria fazer?
Então, tive uma ideia. Pesquisei passagens para o Canadá e voilá! Ida e volta saem mais baratas do que um computador. Passar 20 dias num hostel mega ultra badalado de Toronto custam beem mais baratos do que um computador. Se eu esticar o pau da baladeira, 30 dias no Canadá saem mais baratos do que o mais potentes MacBook Pro.
Com isso, eu pensei no que me deixaria mais feliz. Viajar, conhecer pessoas, desbravar lugares, definitivamente aprender inglês na marra ou uma máquina que vai me fazer ficar sentada vendo as mesmas coisas que um PC velho-porém-consertado?
Eu preciso de uma placa DEDICADA? Sim, talvez eu precise. Contudo, o que eu preciso mesmo é me dedicar aos pactos que faço comigo. Porque, no fundo, quem precisa ser consertada sou eu.